Sem pensar, as vezes me atiro de cabeça.
Sem respirar, digo sim ao que poderia ser ponderado.
Sem pesar, aguardo as conseqüências esperadas.
Sem contar, sei que perco a razão por numéricos segundos.
Sem fechar os olhos, registro o que posso não ver nunca mais.
Sem amarras, me entrego livre.
Sem desespero, assumo o que poderia ter evitado.
Sem perguntas, me aparto das dúvidas.
Sem angústia, não dou vazão às cobranças.
Sem culpa, aproveito a vontade.
Sem regras, recorro à exceção.
Sem ouvir a consciência, canto alto.
Sem perceber o precipício, me lanço.
Sem esperar, vou atrás.
Sem chorar, descubro sorrisos.
Sem conclusões, me perco na introdução.
Sem paixão, me entrego ao desejo.
Sem noção, me atiro para um beijo.
Sem querer, termino querendo.
Sem palavras, percebo gestos.
Sem a obrigação de pensar no depois, viajo no agora.
Sem a sombra de uma certeza amanhã, descubro que o hoje é maravilhoso.
Sem jurar e nem rechaçar.
Sem ressalvas e com muitos adendos.
Sem perder e sem ganhar.
Sem profundidade, apenas uma rasa nostalgia.
Sem torturas ou renúncias.
Sem medo, vivo…
Sem promessas, propósitos, esperanças ou responsabilidade… por alguns nobres minutos… me permito!
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